segunda-feira, 30 de março de 2009

Estatisticas

De acordo com as estatísticas a cada 15 segundos, no Brasil, uma mulher é vítima de algum tipo de violência: moral, física ou assassinato. Uma de cada três mulheres sofre agressões e esta violência não está restrita a um certo meio, não escolhendo raça, idade ou condição social.Praticada por pessoas próximas, na maioria homens, que no ato de descontrole tentam resolver alguma situação, da qual acha que a mulher tem culpa, por meio de algum tipo de violência, porque a mulher sempre foi intitulada como “sexo frágil” e que deve ser submissa ao homem, é o que se viu e se ver ainda em algumas culturas As duas formas mais freqüentes de agressão sofrida pela mulher é a física e a sexual que acabam afetando seu psicológico, caracterizando assim um dueto, pois ao sofrer qualquer tipo de violência ela passa por um processo de inferioridade e de impotência pois não pode ter autonomia para poder ter suas vontades e desejos respeitados.A fim de tentar prevenir, punir e apoiar a mulher contra violência, várias políticas estão sendo empregada, a mais conhecida delas a “Lei Maria da Penha” está mudando as formas de punição ao agressor dando maior confiança as mulheres, levando-as a denunciar, ressaltando que esta lei foi uma conquista de uma das vitimas, que assim como muitas, sofreu agressões do marido. Ao realizar uma pesquisa na internet pode-se constatar um vasto número de notícias associadas à violência contra as mulheres de várias formas e, na maioria das vezes, são casos bárbaros.

Aluna: Jucicleia Santos

sexta-feira, 27 de março de 2009

Violência de Gênero







Equipe:

Anderson Rodrigues

Cisele Ramos

Isamara Roque

Rafaela Lima







Entrevista: Violência de Gênero

Entrevistada: Gabriela (23 Anos) Profissional Do sexo

* Qual sua naturalidade?

Jequié –Ba

* Você é casada, tem filhos?

Não, Não tem filhos só tenho namorado.

* Você sofreu algum tipo de violência sexual na infância ou adolescência?

Não, graças a Deus.

* Quando você perdeu a virgindade e da pessoa você lembra?

Eu tinha 15 anos, lembro não foi meu namorado não foi carinhoso.

* Essa experiência deixou marcas negativas nas experiências que você teve posteriormente?

Trouxe com certeza.

* Qual seu grau de escolaridade?

1º Grau completo, atualmente estudando 1ª serie do segundo grau à noite.

* Você já trabalhou em outras profissões, Quais?

Vendedora de loja de bijuteria, Baba, Cuidar de idosos.

* Sua família mora em Salvador?

Meus pais moram no interior, em salvador moro com minha irmã. E meus tios moram em Salvador.

* Seus familiares sabem onde você trabalha?

Não nem minha irmã, nem meus pais, nem meus tios.

* Seu namorado sabe onde você trabalha?

Não

* Isso é medo do preconceito por isso você não fala?

Sim, com certeza por ser um mundo moderno existe o preconceito da prostituição da raça, homossexual .

* Já teve relacionamentos que não tiveram continuidade devido a ser profissional do sexo?

Sim já, descobriu e me chantageou pedindo para optar ou o trabalho ou eu mas o relacionamento não valeu a pena.

* Você identifica em seus tios irmã alguma forma de preconceito?

Sim, por isso não consigo revelar onde trabalho.

* Ainda hoje séc. XXI pais, tios, trazem filho virgem com objetivo da inicialização sexual?

Trazem, 18, 19 anos.

* Nos meses com maior movimento quantos clientes você atende durante um dia de trabalho ou seja o seu maximo em um dia?

Foram 18 clientes.

* Já teve clientes que utilizou de subsídios violentos, agressão física, racial e que denegrisse sua pessoa?

Eles acham que estão pagando, quer tirar onda, mas eu consigo contornar, mas não sofri agressão física nem racial.

* Já houve clientes que utilizaram de meios violentos para não utilização de preservativo?

Não, chegam alguns aqui,por mais que seja garota de programa eu procuro me cuidar eu me amo eles não querem usar preservativos como eu sou paciente consigo contorna a situação, eles ficam chateados mais o que eu posso fazer.

* Já foi ludibriada no uso do preservativo pelo parceiro sem a sua aquiescência?

Não, mas com colegas já elas sempre alerta a nós.

* Preconceito social, quem é sua melhor amiga onde você desabafa conta seus problemas?

Minha madrinha, mas também ela não sabe onde eu trabalho.

* Ser profissional do sexo foi opção, necessidade, como foi a primeira vez, alguma amiga te incentivou?

Eu estava em casa, tenho pouco tempo nesta área começou em maio de 2008 depois dei uma parada e voltei em novembro de 2008, falta de opção de trabalho o oferta de trabalho caiu muito em salvador, se eu encontra-se um trabalho com carteira assinada deixaria e não sofreria do preconceito pela profissão, uma amiga que me trouxe, ela trabalhava aqui tenho gastos com café da manhã, almoço, preservativo,remédios tudo por nossa conta o único apoio é o espaço físico.

* Já foi vitima de trafico de mulheres ou ficou retida como escrava em algum local?

Não

* Você já recusou algum cliente por quê?

Mesmo que eu queira aqui não tem isso, tenho que pagar o valor do programa na recepção. Clientes com falta de higiene.Toma banho mas é mesma coisa de não ter tomado.

* Você tem orgamos quando está se relacionando com os clientes?

Já tive, mas precisa rolar uma química uma atração.

* Qual sua opção sexual?

Hetero, só faço programa com homens, mais faria com mulher se fosse uma grana legal que eu recebo é muito pouco por isso não faço anal, nem envolvimento.

* Você trabalha com carteira assinada, faz recolhimento do INSS?

Não, não estou recolhendo o INSS mas pretendo recolher.

* Qual seu maior sonho?

Comprar uma casa e terminar meus estudos.

* O que você espera pela valorização da sua classe o que poderia melhorar em termos governamentais?

Que fosse criada uma lei contra a discriminação da profissional do sexo (preconceito) como existe no caso da discriminação racial.

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Em pleno séc. XXI a mulher ainda é exposta a preconceitos e discriminações, disputas, competições profissionais, onde os diversos fatores relacionados aos tópicos: Mulher X Trabalho, Religião, Racial e Social, Idade, Femicidio, Mortalidade Materna, Prostituição, Tráfico de mulheres, retratam um relevante problema social visto que o preconceito e a violência são aspectos que estão diretamente relacionados com a violação dos Direitos Humanos.

Consideremos que hoje no Brasil a vitimização das mulheres que eram apresentadas como sujeitos passivos da violência dos homens, da indústria da beleza, do sistema de justiça, da mídia e de outras instâncias da vida social, ainda continuam. Por isso, lembramos da importância do movimento feminista com sua atuação, de importante relevância a considerar que as mulheres que foram capazes de desenvolver atitudes adequadas de autonomia e poder para mudar tais papéis e a situação de violência na qual se encontram, podendo se livrar das práticas discriminatórias, encontrando caminhos para restaurar direitos e praticas libertárias, além disso, violência, poder e conflito transformam-se em problemas de falta de confiança e baixa auto-estima para a mulher.

O enfrentamento da violência de gênero, a superação dos resquícios patriarcais, o fim desta ou qualquer outra forma de discriminação não se darão apenas através da punição prevista na Lei Maria da Penha, pois ai o fato gerador já foi consumado. Consideramos que os estudos sobre violência contra as mulheres no Brasil tem feito importantes contribuições para a visibilidade e a compreensão desse fenômeno. Os Mapeamentos das queixas os debates sobre a posição da vitima e as investigações feita pelo sistema policial e Judiciário tem-nos revelado que a violência contra as mulheres é um sério problema na sociedade brasileira. Por isso, precisamos formar e estimular pessoas que atuem como multiplicadores a levar informações em associações de bairros, centro comunitários, Escolas, Universidades, assim como políticas de enfrentamento a violência e o fortalecimento da rede social comunitária, Ongs. Contribuindo com essas mulheres para o aumento de sua auto estima, dignidade e respeito. Precisamos compreender melhor não apenas o papel das mulheres nas relações de violência assim como o papel dos homens. É importante vislumbrar com a construção social tanto da feminilidade quanto da masculinidade, como estamos formando o caráter e a personalidade dos homens do futuro?

terça-feira, 24 de março de 2009

Violência sexual, não se justifica!



Equipe:

Caroline Mota
Lívio Rios
Monise Luz
Ricelnara Oliveira
Thamires Lima









ENTREVISTA

Entrevista feita com S.R.C. moradora de Santo Amaro, tem 24 anos de idade, mãe de uma filha, sofreu violência sexual aos 18. Hoje é casada e trabalha em um supermercado da cidade.

Bom dia S.R.C., gostaríamos de fazer algumas perguntas em relação ao tipo de violência sofrida.

1- Qual o tipo de violência sofrida por vc?
SRC- Violência sexual, estupro.

2- Quantos anos você tinha e como estava se trajando no momento?
SRC- Eu tinha dezoito anos, estava voltando do aniversário de uma amiga sozinha, era mais ou menos umas 23:00 hs, estava usando um vestido.

3- Como foi a agressão e quem era o agressor?
SRC- Como disse estava a caminho de casa, quando percebi um homem me seguindo. Comecei a andar mais rápido, mas ele me acompanhava na mesma proporção. Em uma rua menos movimentada ele me agrediu com um empurrão, mandou calar a boca, deu um tapa na minha cara e rasgou meu vestido e ( a entrevistada deu uma pausa, demos cinco minutos para continuar a entrevista). Ela pede desculpas e diz que até hoje não sabe quem é o agressor.

4- Qual foi sua atitude após ser violentada?
SRC- Fui para casa desesperada, depois junto com minha mãe decidir ir a delegacia. Prestei queixa, mas até hoje a policia não descobriu quem é. E aqui em Santo Amaro não tem delegacia da mulher.

5- Você conseguiu se relacionar facilmente com outro após o acontecido?
SRC- Não, foi um trauma muito grande para mim. Fiquei por mais ou menos dois anos sem conseguir me aproximar de um outro homem. Com o passar dos anos fui superando o trauma.

6-Como está sua vida atualmente?
Hoje estou bem! Muitas vezes me recordo daqueles tristes momentos e ainda choro, mas encontrei um companheiro que me entende e me respeita acima de tudo, tenho um filho e apesar de tudo conheci uma família.

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Estupro: Talvez o pior dos abusos


A violência contra a mulher é algo que existe desde o início dos tempos, mas fica a dúvida, porque violentar as mulheres? Por que os homens não são violentados da mesma forma que a mulher? A resposta para essas perguntas talvez esteja na forma como a sociedade foi acostumada a ver a mulher, desde o início dos tempos, sempre submissa, em casa cuidando das crianças e o marido buscando o sustento familiar. Então percebe-se que pelo fato de existir uma sociedade patriarcal os homens se sentem mais importantes do que a mulher e acham que tem o direito de abusar delas. Com o passar do tempo esse cenário se modificou, pois as mulheres estão cada vez mais independentes, porém ainda existem casos de violência, mas hoje as mulheres têm a quem recorrer, pois no dia 7 de agosto de 2006 surgiu a Lei “ Maria da Penha” que veio assegurar mais proteção para as mulheres contra as agressões sofridas.
O estupro é uma das formas mais comuns de violência contra a mulher, é um abuso sexual que traz a mulher traumas físicos e psicológicos. E muitas vezes quando se dá queixa deles, que chegam à delegacia, alguns dizem que foram elas que provocaram, pois estavam vestidas de forma provocante. Os homens vêm abusando as mulheres sexualmente cada vez mais cedo, hoje em dia é comum os casos de estupro contra crianças e adolescentes, agora imaginem, como é que uma criança cresce com um trauma tão grande em mente. Talvez ela deixe de se interessar por homens, vai ser mais difícil o relacionamento com outro, dessa forma deixando de ter a intenção de construir uma família, e conseqüentemente perdendo sua autoestima.
A mídia vem divulgando inúmeros casos de estupros contra menores, alguns casos quem abusa da criança ou adolescente é o padrasto, e o pior o pai. Houve um caso de estupro a mais ou menos um mês atrás (entre os dias 26 e 28 de fevereiro), que foi lamentável. O caso da menina de 9 anos que foi abusada sexualmente pelo padrasto e ficou grávida de gêmeos. Nos questionamos: com que condições físicas e psicológicas uma criança de 9 anos iria gerar e cuidar de mais duas? No mínimo ela seria levada a óbito. Tendo essa visão, médicos e autoridades brasileiras decidiram que o melhor a ser feito era um aborto, o que não agradou a igreja que decidiu excomungar todos os que participaram do ato, e o que é mais intrigante o padrasto (agressor) não recebeu esse castigo, será que o crime dele foi pouco?
Porém não existe apenas a violência sexual, existem inúmeras outras, como a doméstica, familiar, física, psicológica entre outras. Que elas não deveriam existir, isso é fato, mas já que existem, também existe um meio de tentar parar os agressores, só que para isso acontecer é necessário que a mulher não se curve a nenhuma humilhação e denuncie SIM!

segunda-feira, 23 de março de 2009

QUEM AMA NÃO MATA



EQUIPE:

JAIRA
JOCELI
MARIA TELMA
MARCELO
TELMA









ENTREVISTA COM A DRA. HELOÍNA.
LOCAL: DEAN.
TEMA: VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER.
EM COMPLEMENTO AO NOSSO TRABALHO, CONVIDAMOS A DELEGADA TITULAR DRA. JANAÍNA, PARA MINISTRAR UMA PALESTRA NA PRÓPRIA UNIVERSIDADE.


PERGUNTAS E RESPOSTAS

A EQUIPE: Quais as atividades exercidas pela DEAN no combate da violência contra a mulher?

DOUTORA: Fazemos palestras, orientamos as vítimas e encaminhamos para o projeto viver, SAMU e ainda outras instituições. No caso de lesão encaminhamos para o hospital. Ao retornar fazemos todos os procedimentos de inquérito na delegacia e até conduzi-la ao IML se for necessário, e ainda representá-la na justiça.

A EQUIPE: No caso da impossibilidade da vítima retornar para sua residência, vocês encaminham a vítima a algum local?

DOUTORA: Na delegacia não temos um local, porém tem um abrigo da mulher, ao qual encaminhamos as vítimas, mas antes conversamos para saber onde moram os parentes e amigos, daí tomamos as medidas de proteção.

A EQUIPE: A DEAN tem dados estatísticos com relação à agressão contra a mulher ao que se referem à classe social e como se comporta?

DOUTORA: Dados estatísticos por escrito não, mais tem os B.O.S. daí faz o estudo do autor da vítima, só temos documentados os registros de ocorrências.

A EQUIPE: Qual o perfil dos agressores no momento da agressão?

DOUTORA: Muitos deles alcoolizados, agressivos, alguns choram arrependidos e outros com comportamento inquieto, sendo usuário de drogas.

A EQUIPE: Com a Lei Maria da Penha houve uma redução no número de violência doméstica contra a mulher?

DOUTORA: Sim, as mulheres passaram a ter mais coragem para denunciá-los, mesmo porque a ordem é de prisão, onde os mesmos pensam duas vezes antes de cometer à agressão.
A EQUIPE: Qual o tipo de violência mais incidente contra a mulher?

DOUTORA: A ameaça de morte com arma de fogo e arma branca sem falar na violência psicológica, sendo necessário encaminhá-la a algum órgão competente.

A EQUIPE: em sua opinião a Lei Maria da penha é completa?

DOUTORA: Sim, é preciso realmente fazer cumprir e sem falar que melhorou bastante, pelo fato do agressor ficar preso.

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QUEM AMA NÃO MATA

Todo mundo tem uma parente, uma amiga, uma conhecida, em fim uma colega de trabalho que um dia foi agredida por um homem. Em geral, este homem era seu marido, namorado, companheiro ou até mesmo um conhecido.

A violência doméstica contra a mulher passa por um ciclo com várias fases, que se repetem e podem durar muitos anos, terminando, às vezes, em assassinato. As fases acontecem da seguinte forma: a primeira fase de tensão é aquela onde acontecem os bate-bocas, atritos, insultos. A segunda fase é caracterizada pela agressão, momento que o homem golpeia a mulher com as mãos e os pés ou usando objetos de corte ou objetos não identificados. E por fim a fase da reconciliação que o homem apresenta mil desculpas para justificar-se, o agressor pede perdão, dá presentes, promete que vai mudar.

A mulher por sua vez querendo manter a relação e esperançosa acredita que realmente pode acontecer uma mudança, porém com o passar do tempo tudo recomeça: a tensão, agressão (vale salientar que cada vez mais violenta) e a reconciliação. Podemos citar como exemplo o caso Eloá muito noticiado na televisão.. Infelizmente muitas Eloás pagam com a vida pelo final do relacionamento.

ESTIGMA





Equipe:
FERNANDA CARLA BRITO
MARILANE SANTANA DOS SANTOS
PATRÍCIA DE OLIVEIRA
ROSELENE OLIVEIRA DE JESUS
SUELI CERQUEIRA DE JESUS





DEAM - Camaçari lutando pelo combate da violência contra a mulher

ENTREVISTA

A violência contra a mulher vem sendo combatida de forma eficaz em Camaçari, desde que foi implantada a Delegacia Especial de Atendimento a Mulher (Deam), em 2006. O número de crimes violentos tem registrado uma considerável redução e todas as ocorrências estão ligadas a violência doméstica.
Para falar sobre o assunto da violência contra a mulher ( violência doméstica), entrevistamos a Delegada Adriana Imaculada Pires que fazia plantão na delegacia onde tem como delegada titular Dr.ª Janaína Miranda.

Entrevistada: Delegada Adriana Imaculada Pires

Equipe.: Quais os casos mais freqüentes de violência contra a mulher ?

Del. Adriana.: O maior numero de registros é de agressões física e ameaças de morte.


Equipe.: Qual a classe social mais atingida ?

Del. Adriana.: População carente


Equipe.: O que inibe a mulher a não denunciar o seu próprio companheiro ?

Del. Adriana.: Por dependerem economicamente do marido e muitas vezes tem filhos para sustentar e não possuem nenhuma fonte de renda , e também por ameaças de morte.

Equipe.: Que mudança ocorreu com a aprovação da lei Maria da Penha ?

Del. Adriana.: Alem da divulgação da lei por meios de comunicação uma das principais mudanças foi que a mulher passou a ter mais conhecimentos sobre os seus direitos , trouxe de beneficio as medidas protetivas de urgência que no caso da violência pede-se o afastamento judicial do agressor , o juiz defere essa defesa para amparo da mulher.


Equipe.: Quantos casos de agressões são atendidos por semana ? E o maior índice é durante a semana ou finais de semana e qual o local que mais ocorre às agressões?

Del. Adriana.: Aproximadamente 90 por semana ocorrências de violência contra a mulher , sendo o maior índice aos finais de semana , muitas vezes os agressores utilizam drogas ou bebidas alcóolicas e ficam ainda mais violentos e agridem suas companheiras , e essas agressões ocorrem no próprio lar.


Equipe.: Qual o tipo de orientação e assistência a DEAM oferece a mulher vítima de violência ?

Del. Adriana.: Orienta-se que ela entre com o procedimento policial e que leve ate o fim a denuncia , em 80% dos casos se usa as medidas protetivas de assistência , nos casos de vitimas de abuso sexual há um encaminhamento para outros órgãos competentes que tomam todas as medidas como medica-la para evitar supostas gravidez ou doenças , e conta também com a ajuda psicológica a essas vitimas , há toda uma assistência , no caso da vitima não ter moradia encaminha-se para um abrigo , enfim auxiliamos em tudo que é possível dependendo apenas de cada caso.


Equipe.: Após feita a denuncia a mulher agredida se arrepende? Como a DEAM procede nesses casos ?

Del. Adriana.: Em 50% dos casos há arrependimento , embora ela se arrependa a DEAM por força de lei é obrigada a dar continuidade ao procedimento pois em virtude de se tratar de crime de ação penal pública.


Equipe.: Como os agressores se comportam ao serem intimados a comparecer a delegacia ?

Del. Adriana.: Eles ficam nervosos e normalmente falam que é mentira o que a vitima falou deles e muitos não aceitam as conseqüências penais que a lei Maria da Penha impõe .


Equipe.: Há casos em que o homem é agredido pela companheira e vem denunciá-la? A lei Maria da Penha pode ser aplicada a favor do homem que sofreu agressão da mulher?

Del. Adriana.: Não porque a DEAM é a delegacia da mulher mais procuram a 18º Delegacia para registrar queixa . Enquanto lei , não porque a Lei Maria da Penha se refere a mulher , e no momento nunca ouvi nenhum caso que isso tenha ocorrido.


Equipe.: Há casos de mulheres que denunciam os maridos e depois voltam a morar com eles? Esses casos são freqüentes?

Del. Adriana.: Há inúmeros casos em que a mulher volta a morar com o agressor , sendo que são casos freqüentes.


Equipe.: Em caso de retornarem e haver incidência do delito qual é a atitude da DEAM?

Del. Adriana.: Fazemos o procedimento policial que a lei requer , e a realização das medidas protetivas, comunica-se o juiz e havendo necessidade , ate mesmo pede-se a prisão do agressor.


Equipe.: Em casos de ameaças de morte existe algum lugar para abrigar as mulheres?

Del. Adriana.: encaminhamos a vítima para Casa Abrigo, onde ela fica até a justiça solucionar o caso.


Equipe.: Qual a relação entre a DEAM e a SEMU ?

Del. Adriana.: A Secretaria da Mulher encaminha muitas das vezes as vitimas a delegacia e que o mesmo se necessário a delegacia também encaminha as vitimas para SEMU .


Equipe.: A Delegada gostaria de falar algo para concluir a entrevista ?

Del. Adriana.: Que as pessoas divulguem ainda mais a lei Maria da Penha ,seja através dos meios de comunicação ou por meio pessoal como a família ou pelo circulo de amizade para que assim todas as vitimas denunciem os agressores.


ENTREVISTA: REALIZADA NA DEAM-CAMAÇARI SOBRE A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA.


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DISCRIMINAÇÃO CONTRA MULHER

É um tipo de violência institucional motivada por desigualdades, que está presente na cultura e na religião, mas também no marco jurídico do próprio estado sobre aspectos familiares, econômicos, trabalhistas e de outra natureza. A violência contra as mulheres se alimenta da discriminação e a reforça em agravos a saúde física e mental.
Existem trabalhos de organização não governamental, que estão em vigor em alguns países, que se concentra em leis discriminatórias, que refletem a existência de desigualdade e discriminação contra mulher, ao mesmo tempo fomentam e perpetuam a violência contra mulher existente nas suas sociedades.
Os Estudos mostram que mesmo que alguns países adotem seus códigos de leis que estabeleçam principio da igualdade dos sexos, haverá sempre a ausência de distinção entre os seus efeitos entre homens e mulheres.
A convenção sobre a eliminação de todas as formas de discriminação contra mulher, adotada em 1979 e seu protocolo facultativo, continuam sendo os únicos tratados internacionais dedicados especificamente aos direitos das mulheres.
Os tipos de legislação discriminatória de alguns Países são variados. Em Camarões, por exemplo, é o marido que decide se a mulher pode trabalhar fora de casa ou não. No Chile o marido é o titular da custodia conjunta de bens do casal. Já na Índia, o estupro dentro do casamento não é considerado crime.

Mulheres no Poder







Equipe:
Elaine Loureiro
Francyne
Jozenice Maria
Leidiane Barroso
Nailane Matos







ENTREVISTA


Entrevista feita com a presidente da câmara de deputados da cidade de Camaçari a Srª. Luiza Costa Maia, vereadora já pelo segundo mandato, nascida em Rui Barbosa - Chapada Diamantina, formada em Letras com espanhol e logo após sua graduação entrou na política onde trabalha até hoje.

A EQUIPE: Como você entrou na carreira política?
A VEREADORA: Desde os 13 anos de idade sempre fui uma aluna muito estudiosa e já era militante da Igreja Católica, e já com essa idade alfabetizava adultos com uma visão crítica. Vim pra Salvador e participei de movimento estudantil. Fiz minha graduação e logo em seguida entrei para a política, pois nunca me conformei com injustiças, falta de oportunidade e com a fome no mundo, daí resolvi lutar.

A EQUIPE : Teve alguma influência?
A VEREADORA: Influência de pessoas não, entrei em busca de um regime igualitário. Inclusive minha mãe não era a favor, e sempre estava a me perguntar quando eu ia largar a política, e eu dizia: só quando eu morrer ou quando eu alcançar o Socialismo que é um regime igualitário.

A EQUIPE: Quantas mulheres existem na câmara?
A VEREADORA: Apenas duas mulheres, eu que sou a presidente da Câmara e mais outra. No mandato passado eram cinco vereadoras para um total de doze vereadores, mas infelizmente perdemos três representantes femininas.

A EQUIPE: Qual a cota de mulheres no partido?
A VEREADORA: A cota de mulheres no partido é de 30%. E hoje já discutimos em relação a isso, para que possa aumentar essa cota.

A EQUIPE: Na câmara, existem projetos voltados para as mulheres? Quais?
A VEREADORA: Sim, já fizemos vários projetos para as mulheres e muitos já foram aprovados. Podemos citar a criação do Centro de Assistência a Mulher, a implantação da Delegacia da Mulher, implantação do Banco da Mulher, instalação de uma Lavanderia Popular, criação de bancos de leite humano, e vários outros.

A EQUIPE: O que fazer para que mais mulheres se interessem pela política?
A VEREADORA: Precisamos fazer um trabalho de conscientização com as mulheres, principalmente porque a própria mulher vem de uma cultura machista, criadas como sexo frágil, que nasceram pro lar, etc, daí elas se moldam nisso.

A EQUIPE: Na sua opinião, qual seria o passo inicial para abolir a diferença de gêneros na carreira política?
A VEREADORA: Como o próprio presidente Lula e o nosso prefeito aqui de Camaçari fizeram, trazendo para o estado a responsabilidade de acabar com as desigualdade entre homens e mulheres. Por exemplo no Brasil já existe o Ministério da Mulher e aqui em Camaçari nós temos a Secretaria da Mulher para ajudar no combate a violência. Queremos paridade, igualdade entre homens e mulheres. Tem um poeta que diz: “Quem sabe onde quer chegar, define o caminho a seguir e o jeito de caminhar!” Então eu sei que eu quero a igualdade entre gêneros, entre homem e mulher.

A EQUIPE: Como vereadora e mulher, já sofreu algum tipo de preconceito? Como reagiu?
A VEREADORA: Sim, principalmente como vereadora. Difamação, calúnia, mentira. Não me abalo com isso não, sei o que eu quero e o que eu faço.

A EQUIPE: Sendo uma representante da sociedade, qual a sua opinião sobre o tema “ violência contra a mulher” ?
A VEREADORA: Uma estupidez, um problema sério. Dentre todos os problemas que as mulheres enfrentam, eu acho o da violência pior, porque a violência destrói a mulher psicologicamente e emocionalmente, e uma mulher destruída não é nada.


A EQUIPE: Você já vivenciou esse tipo de violência com alguém bem próximo? E o que fez para ajudá-la?
A VEREADORA: Não. Ninguém tão próximo que eu pudesse ajudar.

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Violência contra a mulher

Há muitos anos atrás e até hoje, muitas mulheres independente de classe social e econômica, sofreram e continuam sofrendo violência doméstica. Essas violências correspondem a violência verbal, mas na maioria dos casos são agressões físicas. Mas somente agora, em tempos recentes, começou a se falar sobre esse assunto. Essas mulheres começaram a denunciar esses agressores e a não aceitar mais esse tipo de violência. Isso acontece com o surgimento da Lei Maria da Penha, que recebeu esse nome devido a uma vítima da agressão se chamar Maria da Penha. Essa mesma mulher foi agredida covardemente com um tiro na coluna a deixando paraplégica. A partir daí os poderes públicos entenderam que deveriam levar essa lei ao congresso e reconhecê-la.
A violência contra a mulher na verdade sempre existiu e continua existindo. Isso acontece porque muitas dessas mulheres não tiveram e não tem coragem de denunciar seus agressores. Elas se comportavam dessa forma porque se sentiam envergonhadas diante de agressões tão brutais. Então elas decidiam sofrer caladas dentro de suas próprias casas, não permitindo que nem mesmo seus parentes soubessem de tal fato. Essa violência acontece independente de classe social e econômica, onde na maioria das vezes seus agressores são alcoólatras, viciados e em alguns casos psicopatas.
Com o surgimento da Lei Maria da Penha, aprovada em sete de agosto de dois mil e seis, a maioria dessas mulheres agredidas passaram a se sentir mais seguras e procuraram denunciar seus agressores. Mas é preciso ressaltar que ainda existe um grande contingente de mulheres que sofrem esse tipo de violência e não fazem nada, não se sabe o porque.
Violência contra a mulher é hoje um assunto muito polêmico e discutido na sociedade, que graças a Lei Maria da Penha trouxe esclarecimento a todos e principalmente às mulheres que sofrem com esse tipo de violência, e que esta sendo abordado até em novelas que procura conscientizar e informar a todas as mulheres sobre esse assunto.
Desde já, pode se dizer que durante muito tempo inúmeras mulheres sofreram esse tipo de violência. Mas com o passar dos anos esse quadro foi se modificando. O número de vítimas de agressões foi diminuindo gradativamente devido a consciência da Lei Maria da Penha.
Apesar desse quadro ter reduzido, é preciso ainda se fazer um trabalho de esclarecimento e conscientização, para que essas mulheres agredidas não tenham mais medo e denuncie os agressores, podendo viver mais livremente, e para que se chegue a redução considerável de mulheres que sofrem violência, e que possam ocupar seu lugar na sociedade com dignidade.

Não à Violência contra a Mulher!!!!!!!!!











Equipe:
Aline Guimarães
Carolina Pereira
Érica Bergman
Marizangela Lima
Naira Vivas


ENTREVISTA


1º Quais são os tipos mais freqüentes de violência sofridas pelas mulheres?
R=Diante de nossa realidade social, as mulheres sofrem mais com ameaças, já que esta seria uma prática masculina de tentar com que a mulher desista de deixá-lo ou para amedrontá-la psicologicamente.

2º Após a denúncia, qual o tipo de tratamento que as mulheres têm para que elas não voltem atrás? E quais as reações dos acusados?
R=Bem, algumas delegacias dispõem de parcerias com outras entidades, como casas de passagens, entre outros órgãos, inclusive é de extrema importância, que a delegacia acompanhe o resultado do fato denunciado.

3º Quais os fatores que levam essas mulheres denunciar o agressor, e depois voltarem atrás?
R=Com a lei Maria da Penha 11.340/06, o que mudou, anteriormente as mulheres denunciavam e como punição era estabelecida ao agressor o pagamento de cestas básicas, no entanto, com a Lei as mulheres ao se dirigirem a delegacia, prestam queixa e mesmo que queiram retirar, não mais é possível, já que constatado o fato o agressor deverá ser punido, bem como se couber caso de flagrante delito ( agressão ter sido realizada a menos de 48 horas) será detido tal meliante.

4º Um dos fatores que contribui para a violência doméstica é o fato de a mulher ter ingressado no mercado de trabalho?
R= Vários são os fatores, principalmente por conta da cultura machista, muitos dizem homens dizem ter perdido campo profissional depois da entrada na mulher no trabalho, porém podemos perceber que é antiquado e preconceituoso, foram as mulheres finda a segunda guerra mundial (salvo engano) que as mulheres foram utilizadas nas fábricas e em muitos outros serviços, enquanto os homens estavam na guerra, ou seja, as mulheres não só trabalham lado a lado com os homens desde outra época, como desempenham equilibradamente os serviços familiares com o homem.

5º Pelo fato de ser mulher e trabalhar numa delegacia especializada no combate à violência contra a mulher, como você se sente ao saber dos casos?
R= Fora de grande valia, pois ao atender as supostas vítimas de violência, fazíamos uma triagem, juntamente com a assistente social e a psicóloga, devido a fatos que necessitavam mais de acompanhamento psicológico, até mesmo de auto-estima, pois as mulheres também procuram na justiça sanar suas dificuldades, como por exemplo apoio com relação a filhos, situações que envolvessem pedido de pensão alimentícia, então encaminhávamos a defensoria pública, nestes casos.

6º Quais os órgãos associados que dão apoio a Delegacia da Mulher?
R= Como fora dito, geralmente da Defensoria Pública do Estado, da Prefeitura, do Conselho da Mulher se houver algum , da Secretaria de Saúde e de todos os órgãos dispostos a abraças a causa.

7º Depois de sancionada a Lei Maria da Penha em 7 de agosto de 2006, você acha que o número de denuncias aumentaram?
R= Com certeza, fazíamos um trabalho de informação constante com a comunidade, visitando escolas, redes de saúde, distribuindo cartazes, entre outras ações, e o número de queixas aumentava mês a mês, gostaríamos que essa não fosse nossa realidade, entretanto, na cidade eram realizadas em média de oitenta queixas por mês, que se dividiam em números de processos, de audiências realizadas e encaminhamentos para tratamento psicológicos, entre outros como prisões obviamente.

8º As mulheres estão se sentindo mais seguras ao denunciar por saberem que estão mais protegidas pela lei?
R= Acreditamos que é o único meio de suporte, a saída se dá quanto os familiares, amigos, e até mesmo denunciar casos próximos, a vítima logo em seguida terá uma nova chance de vida para ela e para os filhos se for o caso. Como mesmo diz uma das frases utilizadas na campanha contra a violência “ O PAI QUE BATE NA MULHER MACHUCA A FAMÍLIA TODA”.

9º Como mulher que vivência o dia-a-dia das mulheres que são vitimas da violência qual a mensagem que você deixa para todas elas?
R= È bastante delicado o trabalho, o grupo precisar estar engajado nesta luta contra a violência, temos também homens trabalhando conosco (policiais) e é de prioridade que sejam selecionados, já que convivemos com um trabalho delicado e de grande importância, todos nos precisamos de um suporte, acredito eu, bem como com todos que convivi que Deus e alegria não podem faltar num ambiente de trabalho. A mensagem seria que nós mulheres pudéssemos mais nos apoiar mais, ou seja, nos unirmos contra uma causa maior que seria a nossa paz interior.

* Por motivo maior este trabalho realizado terá de preservar a identidade da policial militar “ Amanda” (nome fictício) que atua na Delegacia da mulher como atendente desde julho de 2007, fora selecionada entre as demais policiais na cidade de Paulo Afonso-BA, com o número de habitantes entre cem mil a média.

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A violência contra as mulheres é uma manifestação de força brutal desde séculos passados entre homens e mulheres, onde o homem tendo o total apoio da sociedade que até hoje é sutilmente machista, impedia que as mulheres avançassem no seu intelectual, fazendo- as se sentirem reprimidas e incapazes. Tudo isso é o resultado de como a sociedade dá mais valor ao papel masculino, refletindo na sua forma de educar os dois de maneira diferente, pois os meninos são incentivados a valorizar a agressividade e a dominação, as meninas são valorizadas pelo sentimentalismo e passividade. Nos dias atuais, infelizmente , vemos que ainda é constante as mulheres serem violentadas pelos seus companheiros. Muitas delas sofrem caladas ou por vergonha de estar vivendo aquela situação ou por ser dependente de alguma forma do seu companheiro ( agressor); seja emocionalmente ou financeiramente ou até mesmo por medo de denunciar e ele tentar algo pior com ela ou até mesmo com o filho( caso tenha). A maioria dessas mulheres que sofrem esse tipo de agressão, muitas vezes nem sabem a quem recorrer, geralmente pedem ajuda a outra mulher da família com mãe, irmã, mas não denunciam ou por medo ou por desconhecimento de qual órgão recorrer. Hoje, temos o apoio de delegacias especializadas para esse tipo de crime, mas o que deve ser feito são os Órgãos responsáveis fazerem um trabalho de divulgação e o Governo fazer uma política de apoio mais ativa , passando o conhecimento para as vítimas e segurança a essas mulheres que sofrem com essa situação de que elas estarão protegidas e que lhe será oferecida atendimento médico, assistência psico- social e orientação jurídica especializada e gratuita.